segunda-feira, 18 de maio de 2009

LUT@ por Edgar Rodrigues



Repasso a triste nota recebida através do CCS - Centro de Cultura Social aos compas que acessam o blog do JAO.

Informamos com profunda tristeza o falecimento do escritor anarquista,
militante e associado do Centro de Cultura Social, Edgar Rodrigues.

Sua morte se deu por volta das 20h de quinta-feira, 14/05, devido a
uma parada cárdio-respiratória. O corpo será cremado entre sábado e
domingo sem cerimônia, como era a vontade de Edgar.

Autor de dezenas de obras e centenas de artigos sobre a história e as
idéias anarquistas no Brasil e em Portugal, Edgar foi o maior e o mais
importante difusor da cultura libertária desde o final dos anos 1960
quando publicou, sob a ditadura militar, a trilogia tornada clássica e
indispensável em nossos dias: "Socialismo e Sindicalismo no Brasil,
1675/1913", "Nacionalismo e Cultura Social, 1913-1922" e "Novos Rumos,
1922-1945".

Edgar foi também fundador e um dos principais fomentadores do arquivo
atualmente em posse do Círculo Alfa de Estudos Históricos (Grupo
Projeção), para o qual, não obstante sua obscura expulsão, destinou
partes substanciais de seu precioso acervo pessoal reunido ao longo de
uma vida e com duros esforços.

A jovem geração anarquista que surge em meados dos anos 1980
juntamente com a reabertura do Centro de Cultura Social de São Paulo,
certamente não saberia passar sem Edgar Rodrigues. Esta geração lhe é
grata pela generosidade com a qual ele sempre soube lidar com o
patrimônio cultural do anarquismo e por seu trabalho incansável de
resgate da história e da memória anarquista.

Edgar que se foi aos 88 anos estará sempre presente para nós por meio
de suas obras, por sua tenra lembrança e por uma vida dedicada ao
anarquismo.

Saúde e Anarquia!

COPA ANTIFA DE FUTEBOL


Propomos a todos a realização da Copa ANTIFA de Futebol, este evento vai reunir coletivos Antifascistas.

A idéia é criar uma rede com a aproximação dos coletivos e promover os ideais antifascistas através do esporte e da diversão.

Sabemos que o futebol está enraizado na nossa cultura, em qualquer bairro de qualquer Estado há um campinho de terra batida aberto a todos, um esporte tão anárquico que nem mesmo a ausência da trave ou bola se torna um problema, pois o espirito faça-você-mesmo transforma havaianas em traves e meias em bolas!

Convidamos a todos coletivos e indivíduos interessados no evento a entrar em contato conosco para construirmos juntos a Copa ANTIFA de Futebol.

OSASCO VIROU UM CIRCO E O PALHAÇO É VOCÊ!

R$2,50 É UM ROUBO! O “DIREITO” DE IR E VIR CADA VEZ MAIS CARO!


O que a atual gestão da prefeitura de Osasco junto com a secretaria dos transportes tem feito é um roubo descarado!

Somos um município carente em muitas questões como saneamento básico, moradia, emprego, cultura, lazer e como se não bastasse agora estão dificultando nossa locomoção com preços abusivos nas tarifas dos transportes públicos.

Em Osasco criou-se uma máfia empresarial entre a prefeitura e as Viações Osasco e Urubupungá, firmando um monopólio estável sem ameaças de concorrências onde quem lucra são somente as viações e a prefeitura. E VOCÊ É LESADO COM OS PREÇOS ABUSIVOS!

Como se não bastasse temos que todos os dias enfrentar a super lotação dos poucos ônibus disponíveis em cada linha. Chegamos ao nosso destino já cansados fisicamente e desmotivados!

Poucos ônibus estão adaptados para deficientes físicos, assim como a cidade que não dispõe de grande número de guias rebaixadas e semáforos com sinais sonoros.

Quem trabalha de segunda a sábado usando o transporte público em Osasco tem um gasto de R$130,00! E o custo dobra (+R$132,60) se você utiliza os trens, pois em Osasco NÃO EXISTE INTEGRAÇÃO dos ônibus com a linha férrea.

O CUSTO FINAL É DE R$262,60! SE MAIS ALGUÉM EM SUA CASA UTILIZAR OS MESMOS MEIOS SERÃO R$525,20! AGORA IMAGINE UMA FAMÍLIA INTEIRA, LOCOMOVENDO-SE PARA O TRABALHO E PARA A ESCOLA!!!

SE ISSO NÃO SE CHAMA ROUBO, EM QUE PLANETA ESTAMOS?!

Uma alternativa barata, saudável e rápida é a bicicleta. Porém em Osasco não temos ciclovias e nem mesmo um bicicletário nos principais pontos e estações de trem para deixarmos nossas bicicletas com segurança e gratuitamente.

Isto porque em uma sociedade capitalista o direito de se locomover resume-se apenas a lucros. E com certeza as bicicletas são menos rendáveis que os carros e o transporte público em geral.

Isso é mais que uma carta de manifesto, é um desabafo, um sinal de fumaça para grande chama da resistência que inflama o peito de jovens que estão cansados de viver sobre o manto do conformismo.

Sabemos que a nossa realidade só cabe a nós mesmos, o Estado é a negação da humanidade e do espírito autogestionário.

Só você pode mudar sua realidade, revolte-se e lute conosco!

PASSE LIVRE JÁ!

FARRA DO BOI


Á exemplo do rodeio, a farra do boi é um dos rituais mais selvagens envolvendo crueldade contra animais. O evento acontece anualmente, durante o período de Páscoa. O boi representa a figura de Judas: é solto nas ruas e espancado até a morte. O principal estado onde essa prática se mantém como tradição é Santa Catarina.
Como já dissemos, não acreditamos na mudança através das leis, pois sabemos que elas nunca são cumpridas e, quando são, beneficiam quem as criou, nunca quem precisa. Assim como em Osasco, Santa Catarina sancionou uma lei que proíbe a farra do boi, devido à extrema crueldade (art. 32 da Lei nº 9.605/98). A punição é de até um ano de prisão para quem pratica ou colabora com o evento.
No entanto, 11 anos depois da aprovação da lei, a tortura continua ilegalmente. O Estado de Santa Catarina foi multado em R$1 milhão por causa desses farristas ilegais, que raramente eram punidos. E o dinheiro para o pagamento da multa não surge do nada: saí do bolso do contribuinte através de impostos, que poderiam ser usados na educação, saúde, transporte etc.
Muitas cidades já proibiram a prática de rODEIOs. O evento não consegue ser realizado ilegalmente, já que envolve proporções bem maiores – ou melhor, envolve grana alta. E como se pode perceber, não são as leis que mudarão os eventos de crueldade... somos nós. Se cada um de nós agir contra o rodeio, assinar manifestos e cobrar, os animais ficarão livres dessa brutalidade. Vale ressaltar, mais uma vez, que ninguém é contra a música, apenas queremos abolir o uso de animais em “entretenimentos”, especialmente porque ninguém quer saber se o boi pula ou não. A crueldade é desnecessária!! Além de um crime, financiado por VOCÊ.

RODEIO: A FESTA DA DOR

“Uma arena como esta poderia apresentar atrações esportivas de verdade, vários grandes atletas do Brasil estão sem patrocínio ou incentivo algum. A festa não perderia seu brilho, não deixaria de gerar empregos e as crianças presentes aprenderiam algo mais dignificante. No entanto este espaço é preenchido por uma corja de sanguinários cujo “esporte” (!?!) é laçar bezerrinhos indefesos, instalar sedém nos machos, enfiar cacos de vidro e cigarros acesos nas fêmeas, e outras práticas nazistas...para que ao abrirem os portões da liberdade esses animais escravos ainda se submetam a mais humilhações diante de um Coliseu ignorante. Abaixo a ditadura do sofrimento animal! Abaixo a tortura! Eu odeio rodeio!” Rita Lee

Imagine que o mundo voltou ao período da escravidão e você é levado a um lugar desconhecido sem imaginar a razão. Além do medo e de toda confusão pela qual sua mente passa, você é transportad@ a seu novo trabalho com várias outras pessoas, em um veículo pequeno. Quase sem ar e sem respirar, você chega. Correntes são amarradas em seus pés e mãos, como se você fosse um criminos@ que não pudesse andar livremente e, então, começa o trabalho e só há uma explicação de como ele será feito: as chicotadas. Elas te guiam até onde você será escrevizad@ e te avisam se o trabalho está sendo mal feito.

Essa realidade parece absurda e impossível de acontecer novamente. Talvez, a primeira coisa que você diria é “os Direitos Humanos me protegem” ou “leis que me asseguram esses direitos”, como não havia no passado. Pois existem direitos e existe a lei, mesmo assim, a escravidão ainda ocorre. Mas não tema, se você nasceu dentro da espécie humana, pois toda a tortura é destinada aos que não podem dizer que sentem dor: os animais não-humanos.

O rODEIO é uma das formas de exploração animal, talvez a maior delas. A prática, importada dos U$A como “cultural” e que movimenta muito dinheiro para as prefeituras, acontece todos os anos de maneira estrondosa. Em Barretos, por exemplo, a arena construída para o rODEIO tem capacidade para 35 mil pessoas sentadas, sendo a maior da América Latina. Essa lotação, no entanto, encaminha-se apenas para ver as apresentações musicais. Então, para que os animais?

Realmente, a presença dos animais é desnecessária, já que o público só quer saber de música e pegação. Mesmo assim, a vontade de se copiar a pseudo-festa estadunidense mantém a exploração animal (peça a um peão para escrever cowboy ou country, ele pode até acertar. Agora, se pedir CertaneIjo, aí fica difícil). É contra isso que a Juventude Anarquista de Osasco (assim como muitas ONGs e pessoas) se posiciona.

O RODEIO DE OSASCO

O ano de 2009 marca o 14º rODEIO em Osasco. Embora haja quem se sinta “orgulhoso”, todos sabem que o evento vem crescendo – assim como seu público – por causa das apresentações musicais. Não é contra isso que somos : queremos o fim do uso de animais em rODEIOS, não o fim dos shows.

Como moradores do município, conhecemos a falta de atividades de cultura e lazer oferecidas. Não acreditamos na mudança da sociedade por força de leis e sim pela liberdade e o Anarquismo, pois sabemos bem que as leis são elaboradas apenas para proteger o Estado e a elite que está no poder, só se aplicando aos mais fracos. Um bom exemplo é o que acontece em Osasco que a própria gestão do Município atropela estas leis por interesses politiqueiros e econômicos. A Lei Municipal 3999/2006 que rege:

Art. 36 É proibida a criação e a manutenção de animais:
I - suídeos;
II - leporídeos;
III - caprídeos;
IV - ovídeos;
V - bovídeos;

Art.
41

§ 2º É proibida qualquer utilização, em atividades de competição ou exibição de montaria ou rodeios, de qualquer prática que implique dor ou desconforto aos animais, com o objetivo de os fazer correr ou pular.

Analise: o Art. 36 diz que é proibida a manutenção de caprídeos e bovídeos no município. Logo, o uso desses animais no rODEIO é impossível, pois eles precisariam ficar na cidade por duas semanas (o tempo do evento). A parte mais chocante, no entanto, é o parágrafo segundo do Art. 41 em que o termo rODEIO é usado. Ou seja, essa atividade pouco cultural é um CRIME financiado pela população. Confirme você mesm@: http://www.osasco.sp.gov.br/legislacao/index.htm

Se a lei municipal não os convence, segue o Decreto Estadual:

O Decreto Estadual nº 40.400/95, que em seu artigo 23 assevera:
Art. 23. Os haras, os rodeios, os carrosséis-vivos, os hotéis-fazenda, as granjas de criação, as pocilgas, e congêneres não pod
erão localizar-se no perímetro urbano.

Bom, se não pode haver rODEIO em perímetro urbano, Osasco comete outro crime, pois não há área rural no município.

Lembra-se do exemplo da escravidão no início do texto? Assim como a lei não protege os animais não-humanos, mesmo existindo, nós também corremos um grande risco, ainda mais sendo coniventes com isso.

A DOR

Os defensores da tortura animal dizem que não há maus-tratos no rODEIO. Mas como dizem, “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Apresentamos, então, os bastidores do rODEIO, baseados nas modalidades da tortura do esporte:

Cutiano: É um estilo brasileiro de montar, onde o peão não tem o apoio no arreio e se segura apenas em duas cordas amarradas no peito do animal.

Saddle Bronc: Nesta o peão usa uma sela normal colocada sobre o cavalo sem o baixeiro ou pelego. O peão segura-se a uma rédea de sisal presa a um cabresto.

Bull Riding: O cowboy monta sobre o pelo do animal e segura-se apenas por uma corda amarrada na parte frontal da barriga. (Será mesmo na parte frontal???)

Para essas modalidades é usado o sedém, uma tira de couro ou crina que é amarrada em torno do animal passando pelo pênis ou saco escrotal. Ao sair para a arena essa corda é puxada com força pelo peão comprimindo os canais que ligam os rins à bexiga o que faz o animal saltar desesperado procurando libertar-se da dor terrível, que a platéia entende como animal bravio. Além da dor, pode também provocar ruptura viscerais e internas. Dependendo do caso pode provocar a morte. Assim que o animal é liberto do sedém volta a ficar calmo e dócil, mas isto não é mostrado ao público.

Laço em Dupla: É uma prova onde uma dupla de peões laçam um bezerro (um a cabeça e outro, os pés). Cada um vai para um lado esticando o animal o que lhe provoca distensões de ligamentos e tendões e músculos machucados.

Laço de Bezerro: Animais novos, alguns com poucos dias de vida. É perseguido pelo peão em alta velocidade, laçado e derrubado ao chão. Quando o animal é laçado o cavalo é freado bruscamente. O laço às vezes provoca a ruptura da medula ocasionando a morte instantânea. Outros sofrem rompimento parcial ou total da traquéia. Ao ser jogado com violência ao chão, causa fratura de vários órgãos internos provocando morte lenta e dolorosa.

Bulldogging: Dois cavaleiros tentam laçar o boi ou o bezerro. Quando conseguem, devem torcer o pescoço do animal, até que ele fique completamente paralisado.


sábado, 2 de maio de 2009

Pelo direito a diversão e a acessibilidade de tod@s!



Por quê? Por que? Porque...

Talvez porque o interesse do Estado e das classes dominantes não seja o nosso prazer e o nosso poder de fazer as coisas. O que não querem é que tomemos decisões, que usufruamos de cultura, arte e de uma educação que nos faça crescer em direção à liberdade.
O transporte público, por exemplo, existe menos para as nossas próprias necessidades de locomoção e mais como um mecanismo que leva e trás os trabalhadores do local onde são explorados.
Nós necessitamos de liberdade de locomoção por não sermos escravos. Mas andamos sempre nas mesmas rotas, nos mesmos horários, parece até que carregamos correntes atadas aos nossos pés todos os dias.
Precisamos quebrar com a rotina sempre. Não somos robôs, muito menos queremos nos tornar seres mecânicos como os autômatos.
Queremos ser cultura, ser arte, ser instrução. Sendo assim é difícil nos contentarmos com apenas um evento anual, uma única celebração dionísica.
Também achamos injusto estes acontecimentos se realizarem apenas nas regiões centrais , pois tal centralização do poder cultural nada mais é do que a expressão de um câncer que centraliza também as riquezas e o poder de decisões sobre nossas vidas (o poder político), mal que além de tudo destrói tudo o que há de natureza e humanidade.
É agredindo constantemente suas raízes que pretendemos combater essa doença que chamamos de capitalismo.